58% dos portugueses admite mudar de casa e ficar longe do trabalho para ter mais conforto

 Estudo da Ikea que aborda "A vida em casa" mostra que 77% dos portugueses concorda que a casa foi o seu santuário durante a pandemia.



O contexto de pandemia que se vive atualmente por todo o mundo veio alterar o quotidiano de grande parte das famílias. Se há quase um ano a casa era o refúgio do trabalho e da azáfama do dia-a-dia, a Covid-19 veio inverter esta situação, levando a maioria das pessoas a reorganizar os seus espaços e as atividades nas suas casas.

Através do lançamento da nova edição do estudo "A vida em casa", a Ikea demonstra a relação das pessoas com as suas casas durante a pandemia. Cerca de 77% dos inquiridos portugueses concordam que a casa foi o seu santuário durante os períodos mais restritos da pandemia. No entanto, um em cada três portugueses revela ter feito mudanças no seu lar durante esse tempo.

Uma das realidades verificadas no estudo foi o facto da pandemia ter trazido, para cerca de 48% dos portugueses, o gosto pela sua própria companhia. Ainda assim, cerca de 54% dos portugueses afirma ter gostado de passar mais tempo com a família e 41% deseja continuar a fazê-lo no futuro. Já no que diz respeito às refeições em família, que passaram a ser feitas com maior regularidade, 45% apreciaram bastante esta nova experiência.

Quando questionados acerca do conforto das suas próprias casas, 58% dos portugueses consideram mudar de casa e viver mais longe do trabalho se isso melhorar o ambiente e o conforto doméstico. A nível mundial este número está nos 47%.

Já 35% dos inquiridos em Portugal não acham que a sua casa tenha sido projetada da maneira certa para viver da forma que desejavam. No caso das famílias que vivem em apartamento, este número sobe para 54%.

"Este estudo IKEA permite-nos perceber que o tempo em família aumentou, houve muitas pessoas a dedicar mais tempo a atividades de lazer, para os quais antes não tinham disponibilidade, e o mais interessante é perceber que a intenção de muitas dessas pessoas é continuar a pôr em prática essas atividades e não perder hábitos que ganharam durante o confinamento", afirma o gestor de insights de consumo e clientes IKEA Portugal, José Rodrigues.

A título de exemplo, foi possível observar que 33% dos portugueses gostaram de fazer mais exercício em casa durante os tempos mais restritos da pandemia e que 22% quer manter esse hábito. Já no que diz respeito à jardinagem, 21% dos inquiridos em Portugal demonstraram gosto por esta prática e 14% deseja continuar a fazê-lo no futuro.

No entanto, o espaço, ou a falta dele, foi outro dos focos da IKEA neste estudo. Com as famílias fechadas em casa por maiores períodos de tempo do que aquilo a que estavam habituadas, as divisões começaram a parecer mais pequenas. Desta forma, 32% dos portugueses afirma que gostaria de ter um espaço próprio para praticar os seus hobbies e atividades preferidas e 46% desejavam ter um jardim privado ou um espaço ao ar livre. Ainda nesta área, 31% dos inquiridos portugueses afirmam que gostariam de ter um espaço próprio de estudo/ trabalho em casa.

O estudo foi feito através de um questionário em 37 países, com a participação de 39.210 inquiridos e a opinião de diversos especialistas, foi possível verificar uma conclusão comum: a de que a casa ganhou uma maior relevância na vida de todos nós.

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