Imobiliário. Seis tendências que vão marcar o resto do ano

Apesar de já terem passado quase cinco meses desde o início do surto em Portugal, há algumas incertezas no setor, mas também otimismo.

O mercado imobiliário português está envolvido por nuvens cinzentas. A pandemia do novo coronavírus alterou a realidade do setor, cuja atividade ia de vento em popa. Apesar de já terem passado quase cinco meses desde o início do surto em Portugal, há algumas incertezas no horizonte, mas também otimismo. O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, ouviu especialistas do setor e traçou seis tendências para o segundo semestre do ano:

1. Preços dos imóveis não caem
Apesar da expectativa de muitos potencias compradores e também vendedores, o primeiro semestre de 2020 não apresentou a diminuição dos preços esperada. Agentes do mercado como a Confidencial Imobiliário, Imovirtual e Casafari já avançaram que os preços vendidos e anunciados aumentaram até junho. Por outro lado, o valor das rendas tem vindo a diminuir, mas isso não se deve continuar a verificar. Gonçalo Nascimento Rodrigues, fundador do blog Out of the Box, especializado no mercado imobiliário, diz que a queda de preços não irá acontecer antes do segundo semestre de 2021, devido aos apoios que têm vindo a ser dados às empresas e famílias.

2. Rendas diminuem, mas por tempo limitado
Com a crise que a pandemia provocou no setor turístico, um maior número de imóveis entrou no mercado de arrendamento de longa duração e consequentemente uma quebra nos valores das rendas. No entanto, as previsões apontam para que esta realidade se esgote assim que a crise provocada pela covid-19 termine. “O mercado de arrendamento em 2008 atraiu a oferta e a procura, devido à crise, mas mal houve estabilização no mercado de compra e venda o mercado de arrendamento perdeu o que tinha conquistado”, diz Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.

3. Juros mantêm-se baixos
No segundo semestre de 2020, é expectável que as taxas de juro permaneçam baixas, uma vez que o Banco Central Europeu (BCE) não pretende aumentar os juros de referência nos próximos meses, o que se reflete nos contratos de crédito aos particulares. Os juros usados como indexantes nos contratos de crédito habitação estão em linhas com as expectativas em relação às políticas do BCE e, neste contexto, deverão manter-se baixas por mais tempo. Os spreads praticados pelos bancos estão também baixos, conseguindo-se taxas de 1% ou inferiores. Mas é sempre possível que os bancos possam restringir os critérios de concessão de crédito dado os riscos da situação económica do país.

4. Procura por zonas mais periféricas aumentou
O período de confinamento levou muitas famílias a perceber que precisam de outro tipo de espaços de habitação. Para Cláudio Santos, do Doutor Finanças “será expectável que, nos próximos meses, se assista a uma troca superior ao normal, de imóveis em centros urbanos densos por imóveis nas periferias, com menor densidade populacional e com maiores espaços exteriores disponíveis”.

5. Retorno do investimento externo vai ditar recuperação do setor
De acordo com um estudo da Cushman & Wakefield há cerca de sete mil milhões de euros disponíveis para investimento no mercado nacional, o que demonstra o imobiliário português continua a ser um ativo atrativo para investidores externos. Pode haver projetos adiados, investimentos congelados, mas o imobiliário tenderá a recuperar e o interesse externo deverá ganhar nova força.

6. Quebras no horizonte
Os especialistas preveem quebras significativas no setor imobiliário. Gonçalo Nascimento Rodrigues estima “uma quebra significativa este ano, de cerca de 30%, em número de transações, sendo ainda expectável que os preços das casas caiam, mas não para já, pois enquanto a banca continuar a emprestar, as transações vão continuar a existir, não justificando uma possível quebra de preços”. Ricardo Guimarães, da Confidencial Imobiliário, não tem dúvidas: “a grande questão que se coloca é qual a duração que a crise vai ter”. Já Cláudio Santos, CCO e partner do Doutor Finanças considera que “até ao final do ano vamos assistir a uma quebra no número das transações e isso terá impacto no mercado, mas devemos também assistir a uma retoma da procura motivada pela vontade de trocar de casa do mercado nacional e a retoma da procura do interesse do mercado internacional”.

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