Taxas de juro no crédito à habitação em novos mínimos devido às moratórias

O valor médio da prestação da casa desceu para 227 euros em maio, mas o capital em dívida subiu para mais de 54 mil euros, segundo o INE.


As taxas de juro implícitas no crédito à habitação seguem uma trajetória descendente, tendo atingido em maio o valor mais baixo desde, pelo menos, o início de 2009, data que marca o arranque da sequência histórica do Instituto Nacional de Estatística (INE). A redução no mês passado (à semelhança de abril) é atribuída ao regime das moratórias de crédito, que suspende - até março de 2021 - o pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação e a que aderiram muitos milhares de portugueses devido à pandemia da Covid-19.

Em concreto, esta taxa fixou-se nos 0,903% em maio, o que corresponde a uma descida de 4,4 pontos base face ao mês anterior (0,947%). Tendo em conta apenas os contratos de empréstimos para a compra de casa celebrados nos últimos três meses também se verificou uma descida para mínimos. A taxa recuou de 0,891% em abril para 0,845% em maio.

O valor médio da prestação vencida desceu para 227 euros em maio (descida mensal de 10 euros e homóloga de 19 euros). Deste valor, 41 euros (18%) correspondem a pagamento de juros e 186 euros (82%) a capital amortizado. No caso dos contratos firmados no último trimestre, o valor médio da prestação caiu para 258 euros. 

"As reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril e maio, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória", explica o INE.

Taxas de juro implícitas calculadas através do quociente entre juros pagos e capital em dívida

O efeito contrário fez-se sentir no capital em dívida, que também devido às moratórias registou uma subida assinalável no mês passado. Isto porque quem solicita o uso das moratórias consegue reduzir os custos nesta altura, mas agrava os pagamentos no futuro.

Em maio, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu assim 124 euros face ao mês anterior e 1.230 euros face a maio de 2019, fixando-se nos 54.010 euros, segundo o INE. Já nos créditos à habitação concedidos nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 108.189 euros, mais 302 euros que em abril.

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Retirado do Idealista - Adaptado por Dicas Imobiliárias

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