Estima-se um impacto económico do alojamento local em 432 milhões de euros. Este tipo de alojamento já cresce fora das grandes zonas urbanas.
A compra de uma segunda casa faz-se, quase sempre, a pensar nas férias.
Mas, com o turismo em alta, são cada vez mais os que compram segunda
habitação a pensar nas férias dos outros... e em rentabilizar o
investimento. Só neste ano metade dos que compraram uma segunda habitação fizeram-no com um objetivo: entrar no alojamento local (AL).
O estudo, que ouviu 7800 proprietários e 6800 viajantes em Portugal, mas
também Reino Unido, EUA, Espanha, Canadá, França, Itália, Holanda, Nova
Zelândia e Brasil, mostra uma mudança nas principais motivações para se
adquirir um imóvel ao longo dos últimos dez anos, com o uso próprio a
ser ultrapassado pelo mercado turístico quando se fala da segunda
habitação. "Para os portugueses, as duas principais motivações para
alugarem a sua residência secundária são a obtenção de um rendimento
adicional (37%) e o suporte de custos de manutenção do alojamento
(34%)",
acentuando que "as motivações para os proprietários [entrarem neste mercado] continuam a ser principalmente financeiras".
acentuando que "as motivações para os proprietários [entrarem neste mercado] continuam a ser principalmente financeiras".
Com o turismo em contínuo crescimento em Portugal - vale mais de metade das exportações de serviços e 13,7% do PIB nacional -até porque "existem ainda muitas oportunidades para os proprietários que
querem abrir o seu próprio negócio e, por isto, o arrendamento a curto
prazo deverá manter-se estável".
AL ganha força fora das cidades
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), dos 25,2
milhões de hóspedes que Portugal recebeu, quatro milhões escolheram o
alojamento local. "É um aumento de 28,8%. Neste ano, segundo o Barómetro
do Alojamento Local II, estima-se um impacto económico de cerca de 432 milhões de euros por parte dos viajantes portugueses.
Apesar da disseminação do turismo por todo o território, os dados de 2018 confirmam uma procura ainda muito dependente do segmento de 'sol e praia', com as localidades de maior crescimento da procura a centrarem-se no Algarve. "Altura surge no topo da tabela com +174%, Luz +132%, Vila Nova de Cacela +117%, Manta Rota +111% e Armação de Pera com +89%."
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